domingo, outubro 09, 2005

O célebre Peido "à Benfica"

Quem não conhece expressões como "20 minutos à Benfica" ou "Um Benfiquista é um bom chefe de família"... pois é caríssimos, todas estas expressões têm uma conotação positiva. Recentemente descobri que não é bem assim.

A história remonta do não tão longínquo dia 22 de Maio de 2005. O Benfica, empatando no Estádio do Bessa, assegurou o título de campeão nacional, 11 anos depois da última conquista. Razão para rejubilar, pensaram alguns, eu incluído. Ora apanhando o comboio subterrâneo ali nos lados do Oriente, observei desde logo que tinham aberto a porta do Jardim Zoológico tal era a quantidade de babuínos excitados a roçarem os seus orgãos sexuais e não-sexuais uns nos outros. "Nada de mais. O habitual." pensei eu. Já tinha observado o mesmo na "Guerra do Fogo" mas isso é outra história.

Passados uns minutos não é que, além de parecermos sardinhas enlatadas, senti, não digo na pele, mas no nariz a célebre mistura química composta por: gás sulfídrico (H2S), metanotiol (H3C-S-H), dimetil sulfeto (H3C-S-CH3) e mercaptanas, ou seja, o nosso tão bem conhecido e companheiro de noitadas no meio dos lençóis chamado de Peido (ou, citando o nosso grande camarada PR: Bisca). Mas não digam: "ah e tal, 'tás a exagerar e o camandro." Pois é, não se tratou duma mistura qualquer. Ainda hoje quando me recordo do ocorrido, começo a tremer por todos os lados. Penso que se os americanos tivessem apontado os satélites para a Linha Vermelha do Metro de Lisboa, a esta hora já estavámos extintos tal era a quantidade de artilharia que nos atirariam para cima. Pensando nisso, se calhar detectaram uma variante deste gás lá prós lados do Iraque, mais propriamente nos arredores dos restaurantes... aquelas comidas condimentadas... autênticas "Farpas Escolhidas" como diria Ramalho Ortigão... um "Peido à Benfica", diria o autor desde desabafo anal. Ficará, em todo o sentido da palavra, para os Anais da História.

Moral da história: tenho que admitir que ainda bem que o Benfica só é campeão de 11 em 11 anos senão a Guerra Química estava aí à porta...